A NOIVA DA BOA VONTADE (1)
(Reportagem publicada em MANCHETE - Texto de ALZIRO ZARUR)
(Revista da BOA VONTADE nº 8 - RIO DE JANEIRO - FEVEREIRO DE 1957)
Meus amigos de MANCHETE pedem que eu mesmo conte a história do meu noivado. E eu o faço com muito prazer, começando pela revogação do meu voto de celibato, que escandalizou a muitos escribas e fariseus modernos.
Ora, quem lê a Bíblia Sagrada, no livro do "Gênesis", capítulo II, versículo 18, encontra estas palavras definitivas:
-- E disse DEUS: Não convém que o homem viva só. Eu lhe darei uma companheira idônea.
Portanto, DEUS aceita o celibato enquanto é um sacrifício necessário ao progresso da Humanidade. Quando se torna desnecessário, o celibato passa a ser uma transgressão da Lei Natural. Assim o meu: foi mantido até o dia em que DEUS o revogou.
Há alguma coisa mais nobre que o casamento?
Existe algo mais sagrado que a família?
Meu casamento vai dignificar a LBV: é um ato de profundo respeito à Família Legionária do Brasil. Meu celibato durou dez anos, porque era um sacrifício necessário ao bem comum, através da consolidação da LBV, assim definida pelo grande Pietro Ubaldi: -- A Legião da Boa Vontade é um movimento novo na História da Humanidade, e coloca o Brasil na vanguarda do mundo.
Depois de um decênio de lutas entre (contra a ignorância, contra o obscurantismo, contra todos os fanatismos oriundos do pior de todos os ismos, que o ismo do ego), a doutrina da LBV já está consolidada. O Evangelho de JESUS, em ESPÍRITO E VERDADE, entrou na alma dos irmãos operários de todo o Brasil.
Com essa missão cumprida, impunha-se a ordem de DEUS: "Crescei e multiplicai-vos. Não convém que o homem viva só..."
E DEUS me deu a companheira idônea.
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